
“The economic and financial instability that has rocked Europe and North America since 2008 has been a disaster for millions of people who have lost jobs, homes, and savings. Clearly in retrospect, governments were mistaken in this. Failures to regulate effectively allowed financial institutions to build houses of cards that would soon collapse. Governments tolerated the creation of a bubble in the housing market sustained by vast amounts of easy credit, perhaps linked to global financial imbalances.”
The Consequences of the Global Financial Crisis: The Rhetoric of Reform and Regulation
Wyn Grant and Graham K. Wilson
O custo do capital aumentou com efeito, o qual arrefecerá o investimento e permanecerá o esforço ao crescimento. Prevê-se, face ao futuro, que o crescimento mundial aumentará de 3 por cento em 2013 para 3,6 por cento em 2014 e 3,9 por cento em 2015, o que não representa grandes alterações no referente às previsões de Outubro de 2013.
O crescimento aumentaria a aproximadamente 2,25 por cento no biénio 2014 – 2015 nas economias avançadas, ou seja, melhora cerca de 1 por cento em comparação com 2013. Os principais factores dessa mudança são a aplicação de políticas fiscais menos restritivas, com excepção do Japão, e a decisão de manter condições monetárias extremamente acomodatícias.
O crescimento mais forte registar-se-á nos Estados Unidos e será de cerca de 2,75 por cento. Prevê-se um crescimento positivo mas variável na zona euro; mais forte no seu núcleo e mais débil nos países com elevado nível de dívida (tanto pública como privada) e fragmentação financeira, factores que actuarão como fundamento para a procura interna. Quanto às economias dos mercados emergentes e em desenvolvimento, prevê-se que o crescimento crescerá lentamente de 4,7 por cento em 2013 para aproximadamente 5 por cento em 2014 e 5,25 por cento em 2015.
O crescimento será suportado pelo fortalecimento da procura externa das economias avançadas, ainda que a degradação das condições financeiras abrandará o aumento da procura interna. A China, espera que o crescimento se mantenha em cerca de 7,5 por cento em 2014, dado que o governa tenta arrefecer o crédito e promover reformas, assegurando ao mesmo tempo uma transição pausada para uma trajectória de crescimento mais equilibrada e sustentável.
A recuperação mundial ainda é frágil, apesar da melhoria das perspectivas, mas continuam a existir antigos e novos riscos quanto a uma possível queda, sendo de considerar os novos riscos geopolíticos surgidos. Quanto aos antigos riscos, os relacionados com as economias de mercados emergentes agravaram-se com a evolução das condições externas.
A normalização inesperadamente rápida da política monetária americana ou novas crepitações de forte aversão ao risco por parte dos investidores poderiam agravar a turbulência financeira. Isso poderia traduzir-se em difíceis ajustes em algumas economias de mercados emergentes, com um risco de contágio e tensão financeira generalizada, e portanto de contracção do crescimento. Nas economias avançadas, os riscos para a actividade relacionados com um nível de inflação muito baixo passaram a primeiro plano, especialmente na zona euro, onde as grandes quebras do PIB contribuíram para o baixo nível de inflação
O FMI previne sobre uma nova crise global, pois a desproporção que se observa em muitos países entre o salário médio e preço da habitação indica que o mundo parece estar próximo de outra crise imobiliária, com as consequências vividas da crise financeira internacional. O FMI acendeu uma luz amarela e publicou a 11 de Junho de 2014 um relatório cujos indicadores mostram uma aceleração nos preços globais da habitação, cujos altos níveis ameaçam a estabilidade económica do mundo.
O mais interessante é o relatório afirmar que embora os instrumentos para conter os preços das habitações não estejam completamente desenvolvidos, isso não deveria ser usado como desculpa para a inacção. Os preços das habitações mantêm-se muito acima das médias históricas numa grande maioria de países em relação aos rendimentos e rendas. O novo índice de preços imobiliários globais do FMI mostra uma nova aceleração, com preços até 3,1 por cento no referente a 2013.
Os preços das habitações estão a subir de forma mais rápida nos mercados emergentes, com uma subida até 10 por cento no respeitante a 2013 nas Filipinas, 9 por cento na China e 7 por cento no Brasil. Com a recessão global, os bancos centrais reduziram as taxas de juros a mínimos históricos, o que elevou os preços das habitações a níveis que representam um risco significativo para economias tão diversas como as de Hong Kong e Israel. Mas a habitação também está acima da sua média histórica em países como a Austrália, Bélgica, Canadá, Reino Unido, Noruega e Suécia. Os governos devem tomar medidas imediatas para combater o perigo de criação de outra borbulha, ao qual nenhum país se encontra isento.