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PERSPECTIVAS - O "Big Data" como o novo petróleo - HojeMacau - 05.11.2020
“Two of the most important developments of this new century are the emergence of cloud computing and big data. However, the uncertainties surrounding the failure of cloud service providers to clearly assert ownership rights over data and databases during cloud computing transactions and big data services have been perceived as imposing legal risks and transaction costs.”
Marcelo Corrales Compagnucci
Big Data, Databases and "Ownership" Rights in the Cloud
Os chineses, alistam cidadãos para os chefiarem e sempre tal aconteceu, com precedentes muito antigos, mesmo datando da história imperial, durante o curto mas fundamental período da Dinastia Qin (221-206 a.C.) na qual a vida quotidiana e a sociedade estava organizada de uma forma perfeitamente militar. Todos os habitantes estavam divididos em grupos de cinco ou dez famílias que trabalhavam em conjunto e se administravam umas às outras. Um sistema de vigilância estava em vigor na altura, e cada pessoa comunicava comportamentos considerados "desviantes". A fim de se manterem mais próximo do nosso tempo, as unidades de trabalho e, mais tarde, os muitos cidadãos envolvidos em actividades de fiscalização mútua continuaram estas tradições.
PERSPECTIVAS - O modelo de Xiong’an - HojeMacau - 22.10.2020
“A smart city is an intelligent town that provides enormous possibilities for human growth through art, culture, social, architectural, economic, political, environmental, and scientific flowering with the optimal mix of nature, technology, humanity, and arts.”
Amit Ray
Peace Bliss Beauty and Truth: Living with Positivity
A entrada dos escritórios da Terminus, em Pequim é feita com reconhecimento facial. O átrio é completamente branco, assim como as cortinas, as janelas, balcões de recepção e duas poltronas de forma futurista. O corte em ziguezague das portas que permitem as entradas em espaços abertos é o que recordamos nos filmes de ficção científica e nas populares séries da Guerra das Estrelas. A ideia a transmitir é a de "futuro" mais ou menos imaginado e conhecido, porque a Terminus, fundada em 2015, é uma das muitas das estrelas chinesas que rapidamente se tornaram notadas para além dos mil milhões de dólares do seu valor e o futuro está a manipulá-la para a tornar extremamente "presente".
PERSPECTIVAS - A economia digital na China II - HojeMacau - 15.10.2020
“Users turned on their phones and went straight to WeChat to chat with friends, read their posts, and install apps within WeChat, effectively making it an alternate operating system.”
Shaun Rein
The End of Copycat China: The Rise of Creativity, Innovation, and Individualism in Asia
Os estrangeiros, as pessoas consideradas curiosas e normalmente também ricas, começaram a tornar-se um incómodo, uma espécie de "grilos falantes" sempre prontos a apontar os defeitos da China. Os estrangeiros foram logo catalogados expressivamente. O tempo parecia ter-se esgotado, o século da humilhação chinesa era um passado a ter em conta. Nesses anos, a sorte do mundo apareceu muito mais clara em Pequim do que em Washington. E entretanto, o país estava a mudar à sua velocidade habitual e cada vez mais pessoas na China começavam a ligar-se à Internet com os seus telemóveis. Huateng não podia perder a oportunidade de adaptar a sua ideia (o sistema de mensagens QQ) às circunstâncias alteradas e em 2011 o WeChat chegou e estabeleceu-se no mercado chinês, confirmando a consagração do novo pilar da sociedade chinesa, o smartphone.
PERSPECTIVAS - A economia digital da China I - HojeMacau - 24.09.2020
“China’s biggest messaging app WeChat helped create 29 million job opportunities last year and has since helped stabilise the country’s employment situation in the time of the coronavirus pandemic.”
Yujie Xue
Quando o WeChat começou a espalhar-se na China com algum espanto, muitos residentes estrangeiros assistiram a um espectáculo nunca antes visto, pois os chineses andavam a falar com os seus smartphones, quase descansando os lábios sobre eles, como se fosse um tiro no queixo. Enviavam mensagens de voz e corria o ano de 2011. O aparecimento deste hábito poderia marcar simbolicamente o início da era WeChat na China. Como tantas outras coisas que pareciam absurdas e apareceram primeiro na China, as mensagens de voz tornaram-se gradualmente habituais também no Ocidente. Nesse ano começou um período de grandes mudanças no mundo da tecnologia chinesa. Sabemos que as ferramentas tecnológicas que utilizamos mudam os hábitos pessoais, sociais e de trabalho, e no caso dos telemóveis até a nossa postura física (ombros ligeiramente curvados, olhando para baixo).
Na China, a mudança com o advento do WeChat mudou totalmente a abordagem à rede e, consequentemente, pouco a pouco, a vida quotidiana. Por exemplo, as mensagens de correio electrónico desapareceram rapidamente. O Gmail não fazia sentido, não tinha qualquer utilidade, excepto perder tempo à espera que as páginas fossem carregadas tão lentamente que levava à exasperação. Tudo passou para o WeChat, que provou ser rápido, imediato, uma farpa. Substituiu rapidamente até velhos hábitos por novas formas de relacionamento. Um grande clássico na China, por exemplo, eram os cartões-de-visita, mesmo no caso de actividades bastante fantasiosas e improváveis, era bom creditar a sua existência com um cartão-de-visita. E na China pode-se imprimir milhares deles por alguns yuans. Até os estrangeiros aprenderam rapidamente, pois recebiam o cartão com duas mãos e entregavam o seu da mesma forma. O WeChat marcou o fim de um mundo e até os cartões-de-visita desapareceram. Tornou-se habitual digitalizar o Qrcode em vez dos cartões-de-visita.