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PERSPECTIVAS - A politização das relações económicas - HojeMacau - 18.03.2020
“The The United States brags about its political system, but the President says one thing during the election, something else when he takes office, something else at midterm and something else when he leaves.”
Deng Xiaoping
À medida que a separação entre a China e os Estados Unidos aumentar, conduzirá a um choque mais explícito sobre a segurança, influência e os valores nacionais. Os dois países continuarão a usar ferramentas económicas nessa luta, como sanções, controlos de exportação e boicotes com advertências e objectivos mais curtos e explicitamente políticos. As empresas e outros países entenderão que será mais difícil evitar serem apanhados no fogo cruzado. A luta tem um realismo duro que é a grande rivalidade de poder na sua essência. Ainda não é tão ideologicamente radical quanto a formulação clássica da Guerra Fria do capitalismo versus socialismo. Mas, à medida que as tensões aumentam, as divergências entre as estruturas políticas dos dois países estão trazer à tona diferenças irreconciliáveis. A rivalidade entre os Estados Unidos e a China será cada vez mais travada como um choque de valores e animada pelo fervor patriótico.
PERSPECTIVAS - O Brexit americano - HojeMacau - 04.03.2020
“Russia may very well be front and center again in 2020 as they were in 2016 regarding interference in America's presidential election. But the Trump administration is seeking to use its power of diplomacy to bring other countries into the act as well.”
Richard Painter
Vivemos com crescentes níveis de risco geopolítico por quase uma década, mas sem uma verdadeira crise internacional. Afora da geopolítica, as tendências globais têm sido fortemente favoráveis, mas a situação está a mudar A globalização é fundamental e a característica mais importante do cenário da era pós-guerra como as pessoas, ideias, bens e capital movem-se cada vez mais rapidamente através das fronteiras ao redor do planeta, criando riqueza e oportunidade extraordinárias. Aumentou a igualdade global (mesmo quando criou mais desigualdade em muitos países), reduziu a pobreza, prolongou a vida activa e apoiou a paz e prosperidade. Todavia, com a China e os Estados Unidos a separarem-se em termos tecnológicos, uma fracção crítica da economia do século XXI está a fragmentar-se em duas partes.
O COVID-19 e a economia global In "HOJEMACAU - 20.02.2020
“A virus is more powerful in creating political, social and economic upheaval than any terrorist attack.”
Tedros Adhanom Ghebreyesus
Director-General of the World Health Organization
O COVID-19, declarado “Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII na sigla em língua inglesa), a 30 de Janeiro de 2020 pela “Organização Mundial de Saúde (OMS)” tinha até 17 de Fevereiro de 2020, tinha infectado cerca de setenta e uma mil e trezentas e vinte e seis pessoas, continuando o seu número a aumentar diariamente, a grande maioria delas na China, tendo matado mais de mil e setecentas e setenta e cinco pessoas, tendo sido curadas dez mil e seiscentas e dez pessoas e espalhou-se por quase 30 países. Dada a enorme importância da China para a economia global, o efeito de propagação poderá ser agitado e duradouro. A China é demasiado importante para a economia global, dado o seu extraordinário crescimento económico nos últimos quarenta anos, que a tornou na segunda maior economia mundial, com um PIB de treze triliões e seiscentos mil milhões de dólares comparados com o PIB dos Estados Unidos de vinte triliões e quinhentos mil milhões de dólares.
“I am disappointed with the results of COP25. The international community lost an important opportunity to show increased ambition on mitigation, adaptation and finance to tackle the climate crisis.”
Antonio Guterres, UN secretary general
Os países concordaram em Paris em 2015 rever as suas promessas climáticas até 2020, mas muitos países estavam a pressionar que o fizessem em 2019, com um claro apelo para que todos os restantes países enviassem promessas climáticas mais ambiciosas e que era visto como um meio fundamental para garantir que todos se concentrassem na melhoria das suas promessas actuais, além de capacitar a sociedade civil a responsabilizá-los. Todavia, países como a China e o Brasil opuseram-se à imposição de qualquer obrigação aos países de apresentar promessas aperfeiçoadas em 2020, argumentando que deveria ser decisão de cada país. Ao invés, argumentaram que o foco deveria estar na acção pré-2020 dos países em desenvolvimento para cumprir as suas promessas anteriores.